Volkswagen se prepara para oferecer veículos conectados à internet no Brasil
Nos EUA e países da Europa e Ásia, carros conectados já não são
novidade. Mas, infelizmente, não podemos dizer o mesmo sobre o Brasil.
Nossa frota ainda não oferece a novidade, mas esse quadro deve mudar em
breve. Segundo Luiz Carlos Hirayama, diretor de desenvolvimento de
negócios da T-Systems, a Volkswagen vai apostar na tecnologia e,
inclusive, já está testando a solução.
De acordo com o executivo,
com a plataforma é possível controlar e verificar diversas informações
sobre seu veículo por meio de um aplicativo. Com esta solução, é
possível saber quando será sua próxima revisão e até o seu consumo de
combustível. O sistema ainda pode informar se você tem gasolina
suficiente para fazer uma viagem ou se o carro está com defeito. Caso precise de conserto, a plataforma indica a revenda mais próxima e confiável.
"Na
Alemanha, a BMW lançou modelos com chips que possuem o mesmo número do
celular do motorista. Diferente do Brasil, lá eles têm um múltiplo sim
card que vem com o mesmo número. Ou seja, quando a pessoa está dirigindo
e recebe uma chamada, quem toca é o automóvel. Você recebe a ligação
pelo viva voz do carro", contou o diretor.
Por aqui, este recurso não deve ser lançado, mas isso não impede que o
veículo se torne uma extensão de sua casa ou escritório. Isso porque os
automóveis terão acesso à internet e aplicativos de entretenimento para
crianças ou guias de restaurantes, oficinas, farmácias e outros
estabelecimentos. Em caso de panes ou acidentes, a conectividade com as
centrais eletrônicas poderá permitir que o socorrista execute
diagnósticos prévios ou repare problemas do veículo remotamente.
Nos carros da BMW, expostos na CeBIT 2012 - uma das maiores feiras de
tecnologia do mundo que aconteceu na Alemanha no início do mês - o
sistema possui até um concierge para fazer reservas em restaurantes e
hotéis. A plataforma também tem integração com aplicativos para Twitter e
Facebook, além de apps para streaming de música. Fora isso, existe o
sistema de reconhecimento de voz que faz leitura de emails e mensagens
de texto. Nada impede que estas funcionalidades estejam disponíveis no
Brasil também.
Apesar da fase de testes já ter começado, ainda
não há previsão de chegada desta tecnologia na linha de veículos
comerciais da Volkswagem.
Outros modelos
Por aqui quem compra um carro
da Ford top de linha vai encontrar um sistema de entretenimento a
bordo. Ele é fruto de uma parceria entre a montadora e a Microsoft. No
painel sensível ao toque, o usuário tem acesso a rádio via satélite –
algo que não temos no Brasil – sinal de TV digital e GPS. Todos esses
comandos podem ser acionados por voz. Mas, ao contrário do que pode
parecer, esse não é um carro
conectado. Pelo menos não na nossa concepção, já que eles não se
comunicam com nenhuma rede celular sozinhos. Você pode, sim, acoplar o
seu telefone a eles e, a partir daí, ter acesso à Internet. Mas o carro sozinho, não.
Já
em outra marca alemã, a Audi, os recursos oferecidos são bem mais
amplos. Alguns modelos usam as redes 4G. Assim, dá para usar mapas e
fazer buscas em tempo real, usando comandos de voz. Além disso, o
próprio automóvel gera uma rede Wi-Fi, que oferece acesso a todos os
passageiros. Sendo assim, as pessoas podem conectar seus computadores ou
smartphones mesmo durante uma viagem.
SegurançaApesar
dos carros conectados parecerem verdadeiras maravilhas, uma das
preocupações diz respeito à segurança. O que engenheiros estão fazendo
para garantir a integridade do passageiro que, apesar de todos os
recursos desses novos carros, ainda é a parte mais importante do
conjunto?
Jack Ganssle, especialista em segurança de sistemas
embarcados e chefe da equipe de solução de crises da NASA, diz que temos
que ter medo. "Qualquer momento em que algo se conecta à internet,
estamos abrindo uma porta para que alguém tente uma invasão. Se não
houver um perfeito isolamento dos componentes, pessoas más podem ter o
controle do motor", comenta.
Na visão dele, as empresas por trás
do conceito de "carro inteligente" estão se preocupando demais em criar
recursos, mas esqueceram de protegê-los de ameaças. "Talvez eles sejam
capazes de destruir um motor ao forçá-lo a rodar de forma errada, ou
então alterando o ritmo de injeção, das válvulas ou da ignição.
Pesquisadores já demonstraram isso com o uso de um gerador", conclui.
Para saber mais sobre carros conectados, veja aqui a matéria produzida na CES 2012 e clique aqui
para ler a entrevista completa com o especialista em segurança de
sistemas embarcados. E aproveite também para deixar sua opinião nos
comentário abaixo. Você compraria um carro conectado? O que espera do modelo da Volkswagen?
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